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Com Lula, Boca Maldita terá o primeiro comício murado da história

Foto do escritor: Jorge Augusto Derviche CasagrandeJorge Augusto Derviche Casagrande

Espaço tradicionalmente democrático da Cidade de Curitiba é vandalizado com permissão da prefeitura para erguer um vergonhoso e inédito curral murado, com direito a camarim presidencial, causando milhares de reais de prejuízos aos empresários que tiveram suas fachadas tampadas.


A “Boca Maldita” é, sem dúvida, o lugar mais querido da cidade de Curitiba para os amantes da política e do livre pensamento e discurso.


Tradicionalmente, aproximadamente desde 1950, lá se reúnem pessoas de todas as ordens, para discutir sobre política e o futuro da urbe e do país, uma verdadeira tribuna livre para discussões de todas as ordens, onde diversos atos históricos já tomaram lugar.


Em 1966 foi fundada a Confraria dos Cavalheiros da Boca Maldita, tendo como primeiro presidente o Sr. Anfrísio Siqueira. A Confraria representa o espírito da Boca Maldita, cujos valores tradicionais em defesa de liberdades individuais, das livres crenças, do livre debate e livre pensamento por parte dos protagonistas políticos é exaltado e praticado com grande amor por todos os envolvidos em jantar anual.


Portanto, não é a toa que o espaço é tradicionalmente eleito para que políticos façam seus discursos e recebam (ou não) a chancela popular. Sempre em espaço aberto! Todos, situação ou oposição, sempre puderam acompanhar o que acontece na Boca, esse sempre foi o espírito plural do espaço.


No entanto, para a perplexidade de todos, em 16 de setembro de 2022, o candidato Luís Inácio Lula da Silva, fazendo uso do dinheiro público destinado à campanha política, decidiu erguer um muro na Boca Maldita.


Ao longo da história da humanidade, muros dividindo comunidades sempre foram vergonhosos sinais de segregação, autoritarismo e, principalmente, vergonha.


Citemos alguns como o Muro de Berlin, erguido para que as pessoas não pudessem fugir da fome e do autoritarismo do regime socialista, e o Muro que divide a Coreia do Norte da Coreia do Sul, erguido pelos mesmos motivos.


O muro, ou curral, erguido demonstra, conforme exemplos históricos, o mundo paralelo que algumas pessoas preferem ou são impostas a viver. A demonstração de dissociação da realidade que vivem os seguidores de Lula, que adentrarem à vergonhosa estrutura em forma de curral, será a marca indelével da passagem pelo petista à cidade de Curitiba.


Há quem diga que não se trata de um muro e sim de um curral, pois seu formato serve justamente para conter a seleta massa que ouvirá o petista.


E sobre o seleto público que ingressará no curral erguido na Boca Maldita, aqui destacamos que Lula, conforme pesquisas, é popular em Curitiba entre funcionários públicos brancos e demais intelectualoides de renda elevada, bem como departamentos de mobilização de grandes sindicatos e o MST, a turba de Stédile.


Mas a novidade não para por aí. Além de palco o espaço conta com instalações provisórias luxuosas, como, por exemplo, uma estrutura ampla contendo luxuoso camarim presidencial. Transeuntes flagraram alguns detalhes do interior que conta até mesmo com plantas decorativas. Isso também é inédito, pois nunca tivemos notícia de um camarim ser erguido ao lado de palanque na Boca.


Agora a pergunta que fica é como foi que o prefeito Rafael Greca permitiu esse ato de vandalismo à história da Boca Maldita? Olha, eu poderia esperar muitas coisas, mas essa, realmente, me surpreendeu.


Uma coisa é certa, o curral de Lula será tópico dentre as tradicionalmente venenosas línguas da Boca Maldita por um bom tempo.



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