A corrida pela prefeitura de Curitiba se intensifica na reta final das eleições de 2024. As últimas pesquisas mostram dinâmicas interessantes, com Eduardo Pimentel consolidando sua liderança e Luciano Ducci ainda buscando fortalecer sua posição. A pesquisa da Radar Inteligência, divulgada em 26 de setembro de 2024, trouxe novas perspectivas sobre a disputa e poderá moldar as estratégias dos candidatos nas próximas semanas, antes do primeiro turno.
Crescimento de Pimentel e a Consolidação de Liderança
Eduardo Pimentel (PSD) continua a liderar a corrida com força. De acordo com a pesquisa Radar Inteligência (PR-03407/2024), Pimentel alcançou 35,4% das intenções de voto estimuladas, o que está alinhado com os números apresentados pelas pesquisas IRG e Quaest da semana passada, que registraram 35% e 36%, respectivamente. Essa estabilidade demonstra que sua campanha conseguiu se manter no topo, mesmo com oscilações dos outros candidatos. A consistência de Pimentel sugere um eleitorado consolidado, mas ainda há uma margem de indecisos e possíveis mudanças de voto que podem alterar o cenário.
Luciano Ducci em Oscilação, mas Ainda Competitivo
Luciano Ducci (PSB) ocupa o segundo lugar, com 16,4% das intenções de voto na pesquisa Radar Inteligência. Apesar de ter apresentado uma queda na comparação com as pesquisas anteriores – 17,5% na IRG e 15% na Quaest –, Ducci conseguiu estabilizar-se como o principal adversário de Pimentel. No entanto, essa posição de vice-líder ainda é ameaçada por outros candidatos que disputam votos no mesmo segmento político e pelo alto índice de eleitores indecisos, que na pesquisa Radar chega a 7,8% na estimulada e 47,7% na espontânea.
Para manter-se competitivo, Ducci precisará intensificar suas ações de campanha, buscando captar indecisos e apresentar propostas que atraiam os eleitores que consideram mudar de voto. O voto útil da Esquerda, desidratando a candidatura de Roberto Requião, com o temor de um segundo turno entre alas da Direita, será provavelmente um foco da sua campanha de agora por diante. Sua experiência política é um ponto positivo, mas ele terá que mostrar diferenciação para não perder espaço para outros candidatos.
Ney Leprevost em Queda e a Competição com Cristina Graeml
Ney Leprevost (União Brasil) sofreu uma queda acentuada nas últimas semanas. Enquanto anteriormente chegou a atingir 19% das intenções de voto, a pesquisa Radar Inteligência o coloca agora com 9,3%, reforçando a média de 11,5% apontada nas pesquisas anteriores (IRG e Quaest). Essa queda significativa indica que Leprevost está perdendo tração, especialmente com a concorrência direta de Cristina Graeml (PMB), que aparece com 7,2%.
Graeml, que cresceu gradualmente e está empatada tecnicamente com Leprevost, pode representar uma ameaça real ao eleitorado mais conservador que ele busca atingir. Essa competição direta pela mesma base eleitoral pode ser decisiva, especialmente entre os eleitores indecisos ou que estão dispostos a mudar seu voto, conforme indicado pelos 36,3% dos entrevistados da Radar que declararam essa possibilidade.
Roberto Requião Mantém Base, mas Enfrenta Desafios
Roberto Requião (Mobiliza) registra 7% na pesquisa Radar, o que confirma sua posição estabilizada mas distante do topo. Na comparação com as pesquisas da semana anterior, onde registrou 9,5% na IRG e 8% na Quaest, Requião continua a ter uma base de apoio fiel, porém enfrenta dificuldades para atrair novos eleitores devido à sua alta rejeição – 24,4% na pesquisa Radar. A alta rejeição indica que a estratégia de Requião deverá focar em diminuir essa percepção negativa e atrair eleitores descontentes com os principais candidatos. Caso consiga reduzir sua rejeição, ele poderá ampliar seu alcance e se tornar um candidato mais competitivo.
Expectativas para a Semana Final de Campanha
A pesquisa Radar Inteligência sugere que o cenário eleitoral em Curitiba está mais dinâmico do que nunca. Com Pimentel firme na liderança, a disputa pelo segundo lugar é onde as mudanças mais significativas podem ocorrer. Luciano Ducci e Ney Leprevost competem diretamente, enquanto Cristina Graeml surge como uma possível candidata surpresa para o segundo turno, caso consiga aumentar sua visibilidade e converter indecisos. Além disso, Maria Victoria (PP), com 4,5%, e Luizão Goulart (Solidariedade), com 4,7%, também podem desempenhar papéis importantes no cenário final, principalmente ao disputar o eleitorado indeciso.
Os números da Radar ainda apontam que 57,2% dos eleitores afirmam ter voto definitivo, mas a grande quantidade de eleitores que admitem a possibilidade de mudar seu voto nas próximas semanas torna a corrida pela prefeitura ainda mais imprevisível.
Conclusão
O cenário eleitoral de Curitiba entra em sua fase mais decisiva, com Eduardo Pimentel mantendo sua liderança e consolidando seu favoritismo. Entretanto, o segundo lugar permanece em aberto, com Luciano Ducci, Ney Leprevost e Cristina Graeml disputando intensamente a posição de destaque. Com a última semana de campanha antes do primeiro turno, os próximos dias serão cruciais para definir quem conseguirá capturar a atenção dos eleitores indecisos e quem terá força para avançar ao segundo turno. A volatilidade do cenário e a possibilidade de mudanças rápidas tornam o desfecho dessa corrida eleitoral uma disputa aberta até o último momento.
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