Com a proximidade das eleições municipais de 2024, o cenário político de Curitiba começa a se desenhar com mais clareza. Três pesquisas eleitorais recentes – IRG/Band, Radar Inteligência e Quaest – apontam tendências interessantes que merecem uma análise mais detalhada. Ao calcular a média dos percentuais de intenção de voto de cada candidato, podemos identificar os favoritos, as surpresas e as possíveis dinâmicas que moldarão essa disputa.
Eduardo Pimentel: Um Líder com Desafios
Com uma média de 24,67% das intenções de voto, Eduardo Pimentel (PSD) lidera a corrida para a Prefeitura de Curitiba. Embora esteja à frente nas pesquisas, seu caminho não está livre de obstáculos. A variação nos resultados das pesquisas indica que sua liderança não é incontestável, especialmente considerando a margem de erro e o número significativo de indecisos. Pimentel precisará consolidar seu apoio e evitar qualquer desgaste que possa abrir espaço para seus concorrentes.
Luciano Ducci e Ney Leprevost: O Jogo do Empate
Luciano Ducci (PSB) e Ney Leprevost (União) estão tecnicamente empatados, com médias de 17,33% e 14,53%, respectivamente. Ducci, com uma trajetória política consolidada, tem mostrado consistência nas pesquisas, enquanto Leprevost, conhecido por sua atuação parlamentar e administrativa, mantém uma base de apoio fiel. Ambos os candidatos representam uma ameaça real à liderança de Pimentel, especialmente se conseguirem mobilizar os eleitores indecisos e conquistar aqueles insatisfeitos com o atual governo.
Roberto Requião: O Retorno do Veterano
Roberto Requião (Mobiliza) é, sem dúvida, uma das figuras mais polarizadoras desta eleição. Com uma média de 13%, ele mostra que ainda tem um público fiel, apesar de ser o candidato mais rejeitado entre os eleitores. Sua campanha precisará focar em reduzir essa rejeição e tentar reverter a percepção negativa que parte do eleitorado tem dele. Se conseguir, pode se tornar o maior desafio para os outros candidatos.
Os Desafios dos Candidatos Menores
Cristina Graeml (PMB), Luizão Goulart (Solidariedade) e Maria Victoria (PP) aparecem em seguida, com médias de 5,33%, 3,67%, e 3,23%, respectivamente. Esses candidatos enfrentam o desafio de romper a barreira da visibilidade e conquistar um espaço em um cenário dominado por nomes mais conhecidos. Para eles, estratégias de nicho e a mobilização de bases específicas serão essenciais.
Os Outsiders: Andrea Caldas, Samuel de Mattos e Felipe Bombardelli
Andrea Caldas (PSOL), Samuel de Mattos (PSTU) e Felipe Bombardelli (PCO) têm médias mais baixas, com 1,23%, 0,5%, e 0,1%, respectivamente. Eles representam as candidaturas alternativas, que buscam atrair eleitores insatisfeitos com o mainstream político. Embora suas chances de vitória sejam remotas, podem influenciar o debate ao levantar questões que os outros candidatos preferem evitar.
Conclusão: Um Cenário Abertamente Competitivo
Apesar de Eduardo Pimentel liderar as intenções de voto, a corrida pela Prefeitura de Curitiba permanece aberta. As próximas semanas serão cruciais para todos os candidatos, que precisarão trabalhar para aumentar suas bases de apoio e converter indecisos. O eleitor curitibano ainda tem muitas opções e o desfecho desta eleição promete ser tão imprevisível quanto emocionante.
Este cenário sugere que as campanhas precisarão ser intensas e estratégicas, especialmente em um ambiente onde a fragmentação do voto pode levar a surpresas de última hora. As próximas pesquisas e os debates públicos terão um papel fundamental em definir o rumo da disputa e, finalmente, quem governará Curitiba nos próximos anos.
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